22.9.23

sobre Job, de Joseph Roth

 


«Tal como na narrativa bíblica, esta é a história de um justo castigado. A desgraça começa com o nascimento de um filho “aleijado” e “idiota”. Terá sido essa a vontade de Deus? Haverá alguma possibilidade de cura do menino, ou só um milagre o salvará? Ainda existem milagres, ou “o mundo deixou simplesmente de ser digno deles”? Deus zela por esta família, ou é um deus “longínquo”, não-intervencionista, que se manifesta através de um “destino” mudo e indiferente, independente do nosso mérito e dos nossos esforços?

A vida dos judeus na Rússia czarista, sofrida, quando não aterradora, justifica todas as fugas e estratagemas dos Singer. Um dos rapazes alista-se no exército russo, outro foge a salto para a América, a filha oferece-se a uma série de cossacos. Perante esses acontecimentos, Mendel torna-se precocemente velho, um pai difícil, um marido sem desejo nem afecto. Tenta lembrar-se das faltas cometidas, de motivos para que Deus o castigue. Ele, que não fez mal a ninguém, poderá aceitar que os desígnios de Deus sejam insondáveis?» [Pedro Mexia, E, Expresso, 15/9/23: https://expresso.pt/cultura/Livros/2023-09-17-Em-Job-de-Joseph-Roth-tudo-acontece-a-Mendel-Singer-bcd3393c


Job, de Joseph Roth, com posfácio de Stefan Zweig (tradução de Gilda Lopes Encarnação), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/job-pre-venda/

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