«Balzac (1799-1850) concebeu uma obra monumental com perto de 100 volumes. A quase totalidade forma um conjunto a que deu o título de A Comédia Humana, através do qual cria um extraordinário retrato da sociedade francesa da primeira metade do séc. XIX. Visionário poderoso, dotado de uma imaginação e sentido de observação invulgares, debruça-se sobre as problemáticas da paixão e da tomada do poder pela burguesia endinheirada. Este romance narra a história do pai Goriot, fabricante de massas viúvo que, tendo enriquecido durante a Revolução, permitiu às filhas, Anastasie e Delphine, encontrar bons partidos. Apesar da ingratidão das filhas, o protagonista dá provas de um amor paternal absoluto que quase raia a loucura. Paralelamente, desenvolve-se um tema tipicamente balzaquiano: o de um jovem provinciano ambicioso, de beleza delicada e algo andrógina, Eugène de Rastignac, que luta no mundo competitivo e adverso da grande cidade de Paris. A Comédia Humana, é uma obra colossal na qual as personagens passam de uns romances para os outros. Nesse sentido, embora na realidade não tenha sido concebido como tal, O Pai Goriot pode ser lido como o primeiro volume de uma pressuposta trilogia completada, respetivamente, por Ilusões Perdidas e Esplendores e Misérias das Cortesãs.» [Luís Almeida D’Eça, Agenda Cultural de Lisboa, 1/7/2023: https://www.agendalx.pt/2023/07/01/os-livros-do-verao-2/?fbclid=IwAR0fcPuGKdKfaDJMhxRVqif2hELA-bj4dxzskAZLJ6pydIK-nROivqzial8]
O Pai Goriot (tradução de Júlia Ferreira e José Cláudio) e outras obras de Honoré de Balzac estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/honore-de-balzac/
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