24.5.23

Sobre De Noite Todo o Sangue é Negro, de David Diop

 



Numa manhã da Primeira Guerra Mundial, o capitão Armand comanda o ataque contra o inimigo alemão. Os soldados avançam. Entre eles estão Alfa Ndiaye e Mademba Diop, dois atiradores senegaleses que combatem sob a bandeira francesa.

Alguns metros à frente da trincheira de onde saiu, Mademba Diop cai ferido de morte sob o olhar de Alfa, seu amigo de infância e mais do que irmão.

Alfa vê-se sozinho no meio do caos do grande massacre das trincheiras, e a sua mente é abalada. Ele, ainda há pouco um camponês africano, vai distribuir a morte numa terra desconhecida. Espalha a violência e semeia o terror, a ponto de amedrontar os próprios camaradas.

Deslocado para a Retaguarda, recorda o seu passado em África, um mundo ao mesmo tempo perdido e ressuscitado, cuja evocação é, só por si, um ato de resistência à primeira grande carnificina da era moderna.


“De tal forma encantador e visceral que acho que nunca o esquecerei.” [Ali Smith, The Guardian]


De Noite Todo o Sangue É Negro, de David Diop (tradução de Miguel Serras Pereira), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/de-noite-todo-o-sangue-e-negro/

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