“O meu adversário anda para lá e para cá, à volta da mesa, com o seu metro e noventa e quatro e os seus setenta e sete quilos. Titubeante. Nota-se que não está confiante. Quando a confiança é tudo. Observa os ângulos. A possível trajetória da branca. Escolhe a melhor jogada possível. Por um milímetro se ganha. Por um milímetro se perde. Aqui não há desleixo. Basta um milímetro ao lado e tudo corre mal e vai tudo co caralho.”
Dois jogadores de snooker disputam a “grande final”. Alexandre, o Grande, o maior talento de Esposende, e Carlos Magnum, o “revólver de alto calibre”. Tacos feitos à medida dos braços e das ambições. Escolhem a melhor solução, observam os ângulos, espreitam o erro e as fraquezas do adversário.
Um Tiro no Escuro e os outros títulos já publicados na colecção Contos Singulares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/classicos-para-leitores-de-hoje/contos-singulares/
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