«V
Não nos falem da grandeza da poesia,
Das torcidas das tochas no subsolo,
Da traça das abóbadas sobre um ponto de luz.
Não há sombras no nosso sol,
O dia é desejo e a noite é sono.
Não há sombras em lugar nenhum.
A terra, para nós, é plana e nua.
Não há sombras. A poesia
Ao exceder a música, deve tomar o lugar
Do céu vazio e dos seus hinos,
Nós próprios em poesia devemos tomar-lhes o lugar,
Mesmo no arengar da tua viola.» [p. 15]
O Homem da Viola Azul (tradução, notas e posfácio de Maria Adelaide Ramos) e outras obras de Wallace Stevens estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/wallace-stevens/
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