31.8.22

Sobre Penélope Está de Partida, de José Gardeazabal

 



«O amor expresso nestes poemas, por vezes em momentos de bem realizada contrafacção irónica, converte-se em desajuste, desejo insatisfeito, desconcerto, falha, desilusão, desapego. O herói grego, nem morto nem vivo, convertera-se entretanto numa espécie de fantasma que tanto mais lhe foge quanto mais importaria alcançá-lo. Mas nem tudo é perda e desencontro. Fica um curso de desaprendizagem de todo um modo feminino de viver e estar no mundo para poder aprender uma nova maneira de abrir espaço à sua volta e encontrar o caminho de regresso a si mesma. E aqui reside um dos méritos deste admirável livro de poemas regido, não pelo verbo cantar e pela clássica metáfora musical que lhe anda associada, mas por uma poética do contar(-se).» [Teresa Carvalho, i, 30/8/2022: https://ionline.sapo.pt/artigo/779858/jose-gardeazabal-penelope-esperar-sempre-tambem-cansa?seccao=Mais_i]


«Penélope Está de Partida» e outras obras de José Gardeazabal estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/jose-gardeazabal/

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