2.9.21

Sobre Trilogia da Cidade de K., de Agota Kristof

 



«Num lugar e num tempo nunca ditos, e durante uma guerra inexplicada, os gémeos são entregues à avó por uma mãe em fuga. Pede-lhe que cuide dos filhos até o seu regresso e a conversa crua dá o tom para o “Grande Caderno”, a primeira parte da “Trilogia da Cidade de K.”, de Ágota Kristóf (ed. Relógio d’Água). “A Prova” e a “Terceira Mentira” completam a obra da escritora húngara que conta a história destes dois irmãos complexos que a dado momento se separam para se reencontrarem depois, quando a distância e as circunstâncias tornam impossível a convivência entre ambos.


É no “Grande Caderno” - onde se narra o crescimento destes dois gémeos com a avó, um oficial alemão gay, um ordenança prestável e outros personagens que se cruzam com eles - que o livro de Kristóf surpreende. Diálogos curtos encadeados, descrições de atos violentos e carinhosos, imorais e justos sem quaisquer juízos de valor ou explicações demoradas associadas aos mesmo; a vida e a morte tal como estas serão durante a guerra, implacáveis e animalescas e despojadas de razão pois sobreviver é tudo o que importa. E se isso significa matar o pai numa emboscada calculista ou ajudar a avó a morrer pelo caminho, que seja.» [Pedro Candeias, Expresso, 31/8/2021: https://expresso.pt/newsletters/expressomatinal/2021-08-31-O-novo-estado-da-luz-3e225f6b]


Trilogia da Cidade de K. (tradução revista de António Gonçalves) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/trilogia-da-cidade-de-k/

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