6.9.21

Sobre Maigret e o Seu Morto, de Georges Simenon

 



«— Desculpe, minha senhora…

Ao cabo de muitos minutos de pacientes esforços, Maigret conseguia, finalmente, interromper a visita…

— A senhora, agora, diz que a sua filha está a envenená­‑la lentamente…

— É a pura verdade…

— Há pouco, a senhora afirmou­‑me com não menos veemência que o seu genro tratava de se cruzar com a criada, no corredor, para deitar veneno no café da senhora ou numa das suas numerosas tisanas…

— É a pura verdade…

— Todavia… — consultou ou fingiu consultar as notas que tomara no decurso da conversa, a qual durava havia mais de uma hora — a senhora informou­‑me, para começar, que a sua filha e o seu marido odiavam­‑se…

— É a pura verdade, Sr. comissário.

— E concordam ambos em suprimir a senhora?

— Não, de maneira nenhuma! Eles querem envenenar­‑me separadamente, compreende?…»


“Um dos maiores escritores do século XX.” [The Guardian]


“Adoro ler Simenon. Faz-me lembrar Tchékhov.” [William Faulkner]


“Um escritor maravilhoso… Lúcido, simples, em perfeita sintonia com o que escreve.” [Muriel Spark]


“O maior e mais genuíno romancista de toda a literatura.” [André Gide]


Maigret e o Seu Morto e outras obras de Georges Simenon estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/georges-simenon/

Sem comentários:

Enviar um comentário