«— Desculpe, minha senhora…
Ao cabo de muitos minutos de pacientes esforços, Maigret conseguia, finalmente, interromper a visita…
— A senhora, agora, diz que a sua filha está a envenená‑la lentamente…
— É a pura verdade…
— Há pouco, a senhora afirmou‑me com não menos veemência que o seu genro tratava de se cruzar com a criada, no corredor, para deitar veneno no café da senhora ou numa das suas numerosas tisanas…
— É a pura verdade…
— Todavia… — consultou ou fingiu consultar as notas que tomara no decurso da conversa, a qual durava havia mais de uma hora — a senhora informou‑me, para começar, que a sua filha e o seu marido odiavam‑se…
— É a pura verdade, Sr. comissário.
— E concordam ambos em suprimir a senhora?
— Não, de maneira nenhuma! Eles querem envenenar‑me separadamente, compreende?…»
“Um dos maiores escritores do século XX.” [The Guardian]
“Adoro ler Simenon. Faz-me lembrar Tchékhov.” [William Faulkner]
“Um escritor maravilhoso… Lúcido, simples, em perfeita sintonia com o que escreve.” [Muriel Spark]
“O maior e mais genuíno romancista de toda a literatura.” [André Gide]
Maigret e o Seu Morto e outras obras de Georges Simenon estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/georges-simenon/
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