29.9.21

Sobre Hamnet, de Maggie O'Farrell

 



«A ficção navega entre os espaços deixados pela escassez de informação. No seu esplendor, aproveita-se de um pedaço de verdade e constrói, sobre essa pedra angular, uma realidade possível. 

Quando nessa factualidade existe uma pessoa reconhecível, a atenção inclina-se para o que vai ser dito. Depois, depende da história. Poderá subsistir somente por causa de um nome, ou ser construída em volta desse nome, tornando-o uma sombra.  

O texto mais bem conseguido consegue emancipar a história e generalizá-la quanto baste para caber na vida de todos os leitores. 

Em Hamnet (Relógio d’Água; trad. Margarida Periquito) Maggie O’Farrell (Irlanda do Norte, 1972) depara-se com essas duas opções. E é claro o caminho escolhido. […]

Maggie O’Farrell vingou-se da morte de excelsa forma: pegou na literatura, resgatou o nome e deu-lhe vida.  

“Hamnet” é um dos melhores livros que lerá em 2021 e ficará na sua memória durante muito tempo. É Literatura em elevado grau de pureza.» [Mário Rufino, Comunidade Cultura e Arte, 25/9/2021: https://comunidadeculturaearte.com/hamnet-de-maggie-ofarrell-na-dor-ha-materia-prima/]


Hamnet, de Maggie O’Farrell (trad. Margarida Periquito), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/hamnet/

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