«Entre um e outro, colinas e céu repartiam o espaço todo.
O que restasse passava a ser nosso por alguns instantes.
Cedo ou tarde, porém, as colinas irão recuperá-lo, devolvendo-o aos animais.
E talvez a Lua faça derramar para lá os mares,
e onde outrora morámos haverá um canal ou um rio a serpentear no sopé das colinas,
dirigindo ao céu o elogio do seu reflexo —
Azul no Verão. Branco quando cai a neve.»
Excerto do poema «Nascer do Sol», de «Uma Vida de Aldeia», de Louise Glück (trad. Frederico Pedreira)
«Uma Vida de Aldeia» e outras obras de Louise Glück estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/louise-gluck/


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