3.8.21

Sobre Rodeado de Ilha, de João Miguel Fernandes Jorge

 



«“Sempre comecei Mau Tempo no Canal, e sempre a ele regresso, por esse lugar onde tudo tem início, a Tábua de Personagens.” Inicia-se deste modo o segundo texto do livro Rodeado de Ilha […].

Nemésio serve, portanto, como porta aberta para os Açores do autor e a outros textos há de voltar, de forma explícita ou não, sendo tão protagonista como os modos dos habitantes, as temperaturas instáveis, os tempos parados apesar da passagem dos anos e, principalmente, uma viagem por algumas ilhas que deixam o leitor tão curioso que continua nesta sua expedição até onde o autor permite ou, sendo capaz, de ir mais longe.

Há um guião que une estes textos, que bem poderia ter sido elaborado a partir daquilo que é relatado em O Café Central, onde mesmo que o autor confesse que o local "merecia melhor enredo", não se deve acreditar nele, pois nem sempre muitos parágrafos ou uma atribulada ação gera uma perspetiva de um sítio do mundo, das pessoas, da história e da natureza como este Rodeado de Ilha obtém.»

[João Céu e Silva, DN, 2/8/2021: https://www.dn.pt/cultura/juan-gomez-jurado-e-muito-claro-que-nao-me-darao-o-nobel-nem-preciso-dele-13994976.html]


«Rodeado De Ilha» e outras obras de João Miguel Fernandes Jorge estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/joao-miguel-fernandes-jorge/

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