Neste seu livro de viagens, Théophile Gautier descreve Constantinopla em meados do século xix, os seus monumentos, habitantes e costumes e a animada vida de rua, sublinhando as diferenças que ainda hoje persistem entre a cultura muçulmana turca e a cultura ocidental.
No período de mais de dois meses que Gautier passou em Constantinopla em 1852, faziam-se sentir as importantes mudanças impulsionadas pelos sultões Mamude II e Abdul Mejide.
«Do passeio do Pequeno Campo, desfruta-se de um espetáculo maravilhoso. Da outra costa do Corno de Ouro, Constantinopla cintilava como uma coroa de rubis de um imperador do Oriente. […]
A água do golfo multiplicava, ao quebrá-los, os reflexos destes milhões de fosforescências e parecia projetar torrentes de pedras preciosas meio fundidas. A realidade, diz-se, fica sempre aquém do sonho, mas aqui o sonho ultrapassa a realidade. Os contos das Mil e Uma Noites não oferecem nada tão maravilhoso, e o brilho do tesouro submerso de Harune Arraxide empalideceria ao lado deste escrínio colossal e resplandecente de uma légua de comprimento.»
Constantinopla (tradução de João Moita) está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/constantinopla/
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