Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Sonho da Aldeia Ding, de Yan Lianke (tradução de Marta Mendonça)
Milhares de aldeãos da região de Henan foram levados a vender o seu sangue à procura de uma vida melhor. Acabaram contaminados com SIDA.
Só o filho do velho Ding, que construíra a sua fortuna a partir da recolha de sangue, continuou a enriquecer vendendo caixões e organizando casamentos para unir aqueles que a morte separara.
Esta história é ficcionada por Yan Lianke a partir de acontecimentos reais.
Como o autor explica, “cólera e paixão são a alma do meu trabalho”.
O romance, que revela aspetos sombrios do desenvolvimento do país, foi proibido na China.
Yan Lianke nasceu em agosto de 1958, em Song, na província chinesa de Henan. Os seus pais eram camponeses pobres sem recursos para lhe pagar um curso universitário, encorajando-o por isso a entrar no exército, o que ele fez aos vinte anos. Em 1985, formou-se em Ciências Políticas na Universidade de Henan e, em 1991, em Literatura no Instituto de Arte do Exército Popular de Libertação. Começara a escrever ficção em 1978, tendo saído do exército em 2004. As suas obras de pendor crítico e às vezes satírico provocaram reações do regime, tendo dois dos seus romances sido proibidos e o seu passaporte apreendido por algum tempo. É atualmente professor no Instituto de Literatura da Universidade de Renmin da China. Além de receber por duas vezes o Prémio Literário Lu Xun, foi proposto, em 2012, para o Prémio Príncipe das Astúrias de Letras e fez parte da shortlist do Man Booker Prize por duas vezes. Em 2014, foi-lhe atribuído o prémio internacional de literatura Franz Kafka e, em 2021, o Prémio Newman para Literatura Chinesa.
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