30.3.21

De Poemas, de Mário de Sá-Carneiro

 



«INTER‐SONHO


Numa incerta melodia

Toda a minh’alma se esconde

Reminiscências de Aonde

Perturbam‐me em nostalgia…


Manhã d’armas! Manhã d’armas!

Romaria! Romaria!


…………………………………………………


Tacteio... dobro... resvalo…


…………………………………………………


Princesas de fantasia

Desencantam‐se das flores…


………………………………………………..


Que pesadelo tão bom…


………………………………………………..


Pressinto um grande intervalo,

Deliro todas as cores,

Vivo em roxo e morro em som...


                                                    Paris 1913 — Maio 6» [p. 17]


Poemas e outras obras de Mário de Sá-Carneiro estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/mario-de-sa-carneiro/

Sem comentários:

Enviar um comentário