«Sérgio Almeida — A dimensão pessoal e íntima é muito evidente no livro. Até que ponto é que isto tornou o processo de escrita mais intenso do que qualquer outro livro que escreveu?
Mónica Baldaque — É natural que me envolvesse com outra convicção e autoridade num assunto meu e de família, que não ficciono, vou trazendo de um plano e doutro plano, num encadeamento poético (será?), simplesmente porque me dá um enorme prazer lembrá-lo e escrevê-lo, sem precisar de efabular.
Sérgio Almeida — Mesmo para uma filha, aceder em pleno a Agustina, à sua essência, era uma tarefa complexa, dada a sua profundidade?
Mónica Baldaque — Aceder em pleno a Agustina, será sempre uma tarefa complexa para quem se atreva. Se eu hoje estou em vantagem, essa vantagem é-me dada pela proximidade, pela atmosfera em que vivi, pela educação, que me preparou para a atenção, para o reconhecimento, e para o julgamento. Não sendo uma biografia este meu livro, é um testemunho. Por certo surgirão tentativas biográficas, a que até o afastamento irá trazer nova luz, e leituras. É sempre assim.» [Entrevista de Sérgio Almeida, JN, 18/1/2021, disponível em https://bit.ly/2XWrPhc]
«Sapatos de Corda — Agustina», de Mónica Baldaque está disponível em: https://relogiodagua.pt/produto/sapatos-de-corda/
As obras de Agustina Bessa-Luís editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/agustina-bessa-luis/
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