15.12.20

Sobre O Osso do Meio, de Gonçalo M. Tavares

 



«Com 43 livros publicados em menos de duas décadas, Gonçalo M. Tavares tem vindo a fazer da sua obra, expansiva e irradiante, um dos mais fascinantes territórios da literatura contemporânea. Esse território tornou-se já tão vasto que o autor apresenta, nas primeiras páginas de cada novo opus, uma espécie de mapa em que agrupa, em várias subunidades razoavelmente autónomas, textos que mantêm entre si alguma espécie de afinidade. […]

Mais melancólico, compacto e elíptico — logo menos brutal — do que os outros romances de “O Reino”, este “O Osso do Meio” mostra-nos um Gonçalo M. Tavares de regresso a um registo poderoso e vibrante: “Qualquer construção tem a forma do medo e da obediência; a engenharia é uma ciência biológica, diálogo entre animais cuja técnica permite fazer coisas materiais no mundo, acrescentar elevações e poços profundos à superfície natural: escava-se e sobe-se, aumentam-se possibilidades para a queda e para a visão alta de um estratega.” Do eventual “estratega” nada vemos, nada sabemos, mas as quatro personagens principais, essas, descobrem no corpo e na mente o que é a queda sempre a pique, sem salvação» [José Mário Silva, E, Expresso, 12/12/2020]


O Osso do Meio e outras obras de Gonçalo M. Tavares estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/goncalo-m-tavares/

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