31.8.20

Sobre Do Desaparecimento dos Rituais, de Byung-Chul Han

 



«O filósofo sul-coreano formado e radicado na Alemanha regressa à análise das sociedades contemporâneas, neste caso acerca do abandono dos rituais — de morte, de celebração de passagem — em que assenta a nossa existência colectiva.» [E, Expresso, 29/8/2020]


Esta e outras obras de Byung-Chul Han estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/

Sobre A Vida Mentirosa dos Adultos, de Elena Ferrante



 

Luciana Leiderfarb escreve no Expresso sobre o novo romance de Elena Ferrante, no número em que o jornal publica uma entrevista inédita com a autora da Tetralogia Napolitana


«A sua voz é, hoje, uma das mais poderosas da literatura contemporânea. Confirma-o “A Vida Mentirosa dos Adultos”, o seu novo romance, relato torrencial sobre a adolescência e o momento em que começamos a mentir

[…]

Elena Ferrante — mas também outras grandes escritoras, como Hilary Mantel, como Olga Tokarczuk, como Margaret Atwood — é a prova de que, daqui a cem ou duzentos anos, o “tosco” será excluir e minimizar a literatura escrita por mulheres. O passado não pode ser reescrito, mas o futuro está a ser escrito hoje, com estas letras e estes rostos. Mesmo que o de Ferrante seja imaginado e idealizado, mesmo que nunca o venhamos a ver. Mesmo que, se o virmos, cheguemos à conclusão de que afinal conhecê-lo ou não era indiferente.» [Luciana Leiderfarb, E, Expresso, 29/8/20]


A Vida Mentirosa dos Adultos está à venda dia 1 de Setembro. Outras obras da autora estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

Sobre Folhas de Erva, de Walt Whitman

 



«CANTO AQUELE QUE EXISTE EM SI MESMO


Canto aquele que existe em si mesmo, uma pessoa simples e independente,

Pronuncio, todavia, a palavra Democrático, a palavra En-Masse.


Canto o próprio organismo da cabeça aos pés,

Nem só a fisiognomonia nem apenas o cérebro são dignos da Musa, afirmo que a Forma completa é muito mais digna,

Eu canto tanto a Mulher como o Homem.


A Vida imensa em paixão, vitalidade e força,

Com alegria, para que mais livre seja o impulso formado sob as leis divinas,

Eu canto o Homem Moderno.»


[trad. Maria de Lourdes Guimarães]


Folhas de Erva está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/folhas-de-erva/ 

Feira do Livro de Lisboa: Livros do Dia e Preço Especial: 31/8/20

 



Livros do Dia


O Jogador, de Fiódor Dostoievski

Contos de Tchékhov, vol. 1

Lincoln no Bardo, de George Saunders

Antologia Poética, de Fernando Pessoa

Musicofilia, de Oliver Sacks

As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift

Pensamentos, de Oscar Wilde

Céu em Fogo, de Mário de Sá-Carneiro






Preço Especial


Todos os Caminhos Estão Abertos, de Annemarie Schwarzenbach

Da Natureza das Coisas, de Lucrécio

Mary Poppins, de P. L. Travers

George Steiner em The New Yorker

A Paixão segundo G. H., de Clarice Lispector

Crónica de Um Vendedor de Sangue, de Yu Hua

Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba, de Machado de Assis

A Morte de Ivan Iliitch, de Lev Tolstoi

Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 31/8/20

 





Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice doOutro Lado do Espelho, de Lewis Carroll

Amor Líquido, de Zygmunt Bauman

A Descoberta do Mundo, de Clarice Lispector

O Jogador, de Fiódor Dostoievski

30.8.20

Sobre O Rio da Consciência, de Oliver Sacks

 




Os avanços no campo das neurociências revolucionaram a nossa capacidade de visualizar o cérebro em ação. Somos, pela primeira vez, capazes de confrontar as questões filosóficas que ocuparam os grandes pensadores desde o século XVIII com as bases fisiológicas da perceção e da consciência.

Em O Rio da Consciência, Sacks examina questões relacionadas com memória, tempo e consciência. Como pensamos e como nos lembramos? Pessoas diferentes pensam a velocidades e de modos diferentes? Devemos confiar na memória? De que forma a memória resultante das relações neurais diferencia as memórias verdadeiras das falsas? Como construímos a nossa perceção do tempo e o nosso mundo visual? O que é a consciência em termos neurológicos? E, mais importante ainda, o que é a criatividade?

Sacks terminou a investigação para este livro pouco antes de morrer, deixando instruções para a reunião dos artigos. Pode por isso dizer-se que este livro é o culminar de uma vida dedicada à pesquisa do modo como o cérebro funciona.


Esta e outras obras de Oliver Sacks estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/oliver-sacks/

Feira do Livro de Lisboa: 30/8/20

 



Livros do Dia


Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

A Sonata de Kreutzer, de Lev Tolstói

História de Quem Vai e de Quem Fica, de Elena Ferrante

A Descoberta do Mundo, de Clarice Lispector

O Homem Que Confundiu a Mulher com Um Chapéu, de Oliver Sacks

As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain

A Mensagem, de Fernando Pessoa

O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald






Preço Especial 


O Delfim, de José Cardoso Pires

Os Demónios, de Fiódor Dostoievski

Guerra e Paz, de Lev Tolstoi, Vols. I e II

O Coração É Um Caçador Solitário, de Carson McCullers

A Origem do Homem e a Selecção Sexual, de Charles Darwin

O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry

Gratidão, de Oliver Sacks

Pais e Filhos, de Ivan Turguéniev

Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 30/8/20

 





O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry

A Arte da Guerra, de Sun Tzu

Mataram a Cotovia, de Harper Lee

Guerra e Paz, de Lev Tolstoi (vols. I e II)

29.8.20

Sobre Guerra e Paz, de Lev Tolstoi

 




Guerra e Paz narra a invasão da Rússia por Napoleão e os efeitos que o acontecimento teve na vida da aristocracia, dos militares e da população envolvida no conflito.

A maior parte dos oficiais era originária das famílias nobres e as separações e perigos da guerra tornavam mais intensas todas as relações pessoais e, em particular, as amorosas.

Os hábitos sociais, as relações sentimentais e o declínio de algumas das mais importantes famílias de Petersburgo e Moscovo são apresentados com distanciamento ou irónica ternura.

Neste romance surgiram algumas das mais perduráveis personagens da literatura, o íntegro príncipe Andrei, o insólito Pierre Bezúkhov e a fascinante Natacha Rostova, que se tornaria indispensável para qualquer um deles.

Com esta obra e a sua apresentação em mosaico de grandes painéis da vida russa onde se movimentam centenas de personagens num período de convulsões militares, Tolstoi realizou o seu projeto de se confrontar com o Homero da Ilíada e da Odisseia.


«O maior de todos os romancistas — que outra coisa poderíamos dizer do autor de Guerra e Paz!» [Virginia Woolf]


Guerra e Paz e outras obras de Lev Tolstoi estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/lev-tolstoi/


Feira do Livro de Lisboa: 29/8/20

 



 Livros do Dia


Anna Karénina, de Lev Tolstoi

Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio

A Amiga Genial, de Elena Ferrante

A Sibila, de Agustina Bessa-Luís

A Arte da Guerra, de Sun Tzu

O Regresso de Mary Poppins, de P. L. Travers

Romeu e Julieta, de William Shakespeare

O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë






Preço Especial 


As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain

Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba, de Machado de Assis

O Idiota, de Fiódor Dostoievski

Ulisses, de James Joyce

Hamlet, de William Shakespeare

Amor Líquido, de Zygmunt Bauman

Douro — Rio, Gente e Vinho, de António Barreto

Do Lado de Swann, de Marcel Proust


Feira do Livro do Porto: Livros do Dia 29/8/20

 





As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain

Musicofilia, de Oliver Sacks

A Amiga Genial, de Elena Ferrante

Anna Karénina, de Lev Tolstoi

28.8.20

Sobre O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas

 




Para Umberto Eco, e muitos outros leitores e críticos, O Conde de Monte Cristo «é um dos mais apaixonantes romances alguma vez escritos».

O livro é a história de Edmond Dantès, jovem capitão da marinha mercante, que uma infame conjura lança nas masmorras do Castelo de If e a quem a descoberta de um tesouro permitirá alcançar a riqueza e fazer justiça.

É uma narrativa sobre o poder e o dinheiro que nos leva de Marselha à ilha de Monte Cristo, depois a Roma e a Paris, nos anos 1830, onde reinam os banqueiros e homens de negócios.

É também a história de uma vingança implacável, nascida das ruínas de um amor destruído, a vida de uma personagem generosa e irresistível, que conquista a atenção do público há mais de século e meio.


O Conde de Monte Cristo e Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas, estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/alexandre-dumas/

Sobre Fausto, de Goethe

 



«A partir de Marlowe dá-se realmente a transformação das histórias de cordel do Doutor Fausto na história trágica do homem, ainda explicitamente historizado, do Renascimento, frente às limitações que quer e vai superar. O preço da “vontade de poder” desse primeiro Fausto literário é ainda o Inferno; mas a importância de Marlowe vem-lhe do facto de ele ter realizado uma obra de rotura. Com Goethe, dois séculos mais tarde, é a grande obra de síntese que surge: a história tradicional sofre uma inflexão e uma elaboração que a faz ascender ao lugar de “tragédia” do género humano (e com isso lhe retira desde logo a possibilidade de ser uma tragédia de carácter, como mandam as leis do género na sua forma moderna). Em Goethe, Fausto assume um recorte universal, alargam-se imenso as suas potencialidades significativas e ele passa a ter, na consciência colectiva ocidental (metonímica, e talvez abusivamente, tomada por universal), a dimensão simbólica própria dos mitos.» [Da Introdução de João Barrento]


Fausto, de Johann W. Goethe, com introdução, tradução e glossário de João Barrento, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/fausto-de-goethe/

Feira do Livro de Lisboa — 28/8/20

 



Livros do Dia


Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski

Os Três Estigmas de Palmer Eldritch, de Philip K. dick

Pela Estrada Fora, de Jack Kerouac

Canções Mexicanas, de Gonçalo M. Tavares

A Viagem do Beagle, de Charles Darwin

O Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett

Canções, I, de Bob Dylan

Vinte Mil Léguas Submarinas, de Jules Verne






Preço Especial


O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë

Um Quarto só para Si, de Virginia Woolf

O Vento nos Salgueiros, de Kenneth Grahame

Sobre o Poder, de Byung-Chul Han

Fanny Owen, de Agustina Bessa-Luís

Mataram a Cotovia, de Harper Lee

Anna Karénina, de Lev Tolstoi

Infância, Adolescência e Juventude, de Lev Tolstoi


A Relógio D'Água na Feira do Livro do Porto 2020

 



A Relógio D’Água está presente na Feira do Livro do Porto, de 28 de Agosto a 13 de Setembro, nos Jardins do Palácio de Cristal, nos pavilhões 102, 103, 104 e 105. Hoje os Livros do Dia são:


Contos de Grimm, de Jacob e Wilhelm Grimm

Tao Te King, de Lao Tse

Todos os Contos, de Clarice Lispector

Moby Dick, de Herman Melville

27.8.20

Sobre O Idiota, de Fiódor Dostoievski

 



«Da mesma forma que Dostoievski, enquanto pensador político, coloca sempre a sua última esperança numa regeneração no seio da pura comunidade popular, o romancista de O Idiota vê na criança a única salvação possível para aqueles jovens e para o seu país. É o que este livro, cujas figuras mais puras são as naturezas infantis de Kólia e do príncipe, bastaria para comprovar, mesmo que Dostoievski não tivesse desenvolvido em Os Irmãos Karamázov o infinito poder salvífico da vida infantil. Esta juventude ressente-se de uma infância ferida, porque foi precisamente a infância ferida do homem e da terra russos que paralisou a sua força. Depara-se-nos em permanência em Dostoievski a ideia de que o espírito da criança é o único lugar onde a vida humana, saída da vida do povo, consegue cumprir-se nobremente.» [Do Posfácio de Walter Benjamin]


O Idiota (trad. António Pescada) e outras obras de Fiodor Dostoievski estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/fiodor-dostoievski/


Sobre Prosas Dispersas, de Manuel Laranjeira

 




«Prosas Dispersas» reúne alguns dos principais artigos de Manuel Laranjeira, sobre literatura, teatro, religião e o modo de ser português.

O núcleo essencial da colectânea sai das «Prosas Perdidas», seleccionadas por Alberto de Serpa, em 1959. Mas alguns dos ensaios que dela fazem parte foram excluídos, tendo sido acrescentados outros cuja actualidade a passagem do tempo confirmou.


Prosas Dispersas e Cartas de Manuel Laranjeira (prefácio de Miguel de Unamuno) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/manuel-laranjeira/

Feira do Livro de Lisboa: 27/8/20

 



Livros do Dia


Tempos Difíceis, de Charles Dickens

O Banqueiro Anarquista, de Fernando Pessoa

Crónicas do Mal de Amor, de Elena Ferrante

Um Bailarino na Batalha, de Hélia Correia

Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, de Walter Benjamin

As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain

De Olhos Abertos, de Marguerite Yourcenar

A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Jules Verne






Preço Especial


A Abadia de Northanger, de Jane Austen

A Conquista da Felicidade, de Bertrand Russell

As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain

Tao Te King, de Lao Tse

A Sibila, de Agustina Bessa-Luís

Lolita, de Vladimir Nabokov


26.8.20

Relógio D’Água na Feira do Livro de Lisboa 2020

 



A Relógio D’Água participa na Feira do Livro de Lisboa, de 27 de Agosto a 13 de Setembro, no topo do Parque Eduardo VII., nos pavilhões A62 a A70 e A115 a A127.

Haverá desconto de pelo menos 40 % sobre o PVP nos Livros do Dia e de 30 % no Preço Especial, além da participação na Hora H.

O DN sugere dois livros da Relógio D’Água para comprar na Feira deste ano: Três Retratos — Salazar, Cunhal, Soares, de António Barreto, e A Vida Mentirosa dos Adultos, de Elena Ferrante, disponível dia 1 de Setembro.


Três livros editados pela Relógio D’Água na lista de semifinalistas do Prémio Oceanos

 




Foram ontem anunciados os 54 semifinalistas do Prémio Oceanos, entre os quais se encontram três obras publicadas pela Relógio D’Água: A Visão das Plantas, de Djaimilia Pereira de Almeida; O Gesto Que Fazemos para Proteger a Cabeça, de Ana Margarida de Carvalho; e Todos Nós Temos Medo do Vermelho, Amarelo e Azul, de Alexandre Andrade.

Entre Agosto e Novembro, um júri composto por Clara Rowland, Gustavo Rubim, Isabel Pires de Lima, Nataniel Ngomane, Ana Paula Maia, Edimilson Pereira de Almeida e José Castello escolherá os finalistas.


Estas e outras obras de Djaimilia Pereira de Almeida, Ana Margarida de Carvalho e Alexandre Andrade estão disponíveis em https://relogiodagua.pt

Sobre Os Buddenbrook, de Thomas Mann

 



Os Buddenbrook, publicado quando o autor tinha vinte e seis anos, é um dos melhores primeiros romances alguma vez escritos e influenciou a atribuição do Nobel de Literatura ao autor em 1929.

A obra acompanha a vida de quatro gerações dos Buddenbrook, uma próspera família de comerciantes no Norte da Alemanha, que tem várias características em comum com a do próprio autor.

No romance desfilam vivências da burguesia alemã entre nascimentos e funerais, casamentos e separações, ambições e rivalidades, êxitos e crises. A chegada da modernidade acompanha o declínio moral e económico da família.


Os Buddenbrook (trad. Ana Falcão Bastos) e outras obras de Thomas Mann estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/thomas-mann/


Sobre O Que Maisie Sabia, de Henry James

 



«Creio que a impressão que me deixaram essas atividades amorosas entre quatro pessoas adultas, observadas pelo frio olhar de uma espécie de Alice-no-país-das-maravilhas, foi sobretudo a de um romance mundano (…) quase perverso de tão engenhoso, singular pelo virtuosismo com que as personagens secundárias mudam de lugar em redor da pequena heroína, como os elementos de um corpo de baile ou de uma equação de álgebra.

(…) Na época em que James escreveu Maisie, ou seja, em 1897, ninguém se atrevia a explorar seriamente o campo da sexualidade infantil. Freud era conhecido apenas por alguns especialistas. No entanto, não podemos deixar de pensar que a sociedade bem-pensante havia arrumado a um canto o pecado original, e que Santo Agostinho teria ficado menos surpreendido do que os primeiros leitores de Maisie ao comprovar a tranquila naturalidade com que esta rapariga se movimentava no meio a que chamamos o “mal”.» [«Os Encantos da Inocência. Uma Releitura de Henry James», Marguerite Yourcenar]


O Que Maisie Sabia (tradução de Daniel Jonas) e outras obras de Henry James estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/henry-james/


25.8.20

De Do Desaparecimento dos Rituais, de Byung-Chul Han

 


O jornal Público publicou um excerto de Do Desaparecimento dos Rituais, de Byung-Chul Han, o mais recente título do autor editado pela Relógio D’Água.


Rituais são ações simbólicas que permitem criar uma comunidade e que, no limite, podem dispensar a comunicação verbal, como é o caso da cerimónia do chá japonesa. Sem pretensões a transmitir conteúdos significativos, permitem que uma coletividade os reconheça como sinais da sua própria identidade.

No entanto, nas atuais sociedades caracterizadas pelo individualismo narcísico e o culto da autenticidade, afirma-se uma comunicação sem comunidade, com o abandono desses rituais sociais que pautavam a vida, do nascimento à morte, através de cerimónias iniciáticas de celebração e passagem. Nos nossos dias de informação instantânea através das redes sociais, a fluidez da comunicação é um imperativo e os rituais são percebidos como algo de antiquado, de prescindível, e até como um obstáculo à produção em série.


Mais informação sobre esta e outras obras de Byung-Chul Han disponível em https://relogiodagua.pt/autor/byung-chul-han/


Sobre Escombros, de Elena Ferrante

 


Este livro leva-nos aos bastidores do trabalho de Elena Ferrante, permitindo-nos olhar para as gavetas de onde saíram alguns dos seus romances e para as suas relações literárias com o mundo clássico grego e latino e com Elsa Morante e outros autores que ama. 

A escritora responde a perguntas que lhe fizeram os seus leitores e os jornalistas nos últimos 25 anos. Defende que quem escreve um livro faria bem em pôr-se de parte e deixar que o texto siga o seu percurso. 

Fala dos pensamentos e da ansiedade que sentiu quando o seu primeiro romance, Um Estranho Amor, foi adaptado ao cinema e de como é complicado para ela encontrar respostas sintéticas para as perguntas de uma entrevista. 

Elena Ferrante conta-nos ainda das alegrias e trabalhos de quem narra uma história escavando dentro do seu universo pessoal de experiências e das lembranças, próprias e alheias.

Embora recuse a exposição pública, é assim um dos escritores que mais e melhor explica os seus processos criativos.


Escombros e outras obras de Elena Ferrante estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/elena-ferrante/

A Vida Mentirosa dos Adultos, o novo romance de Elena Ferrante, está à venda dia 1 de Setembro.


Sobre O Nascimento da Tragédia, de Friedrich Nietzsche

 


«Uma das mais célebres antíteses da filosofia de Nietzsche é a do apolíneo versus dionisíaco. Ela funciona como uma das portas de entrada mais conhecidas na sua obra e é na verdade uma fórmula dominante na primeira fase desta, o período grosso modo correspondente aos anos de ensino na Universidade de Basileia e à pertença ao círculo de Wagner. Tanto um como outro representam, a seu ver, duas forças primordiais, particularmente actuantes na cultura grega clássica, no entanto, o seu significado não é apenas cultural, mas revela-se claramente metafísico.» [Da Introdução Geral de António Marques]


Esta e outras obras de Friedrich Nietzsche estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/friedrich-nietzsche/


24.8.20

Sobre A Balada do Café Triste, de Carson McCullers

 


A Balada do Café Triste narra o encontro, numa pequena povoação norte-americana, de Miss Amelia com um corcunda que se afirma vagamente seu primo e um condenado, Marvin Macy, que regressa da prisão para se vingar de um repúdio antigo. A particular sensibilidade de Carson McCullers transforma este encontro de paixões numa história bela, estranha e nostálgica que termina com um combate entre Miss Amelia e Macy no café que depois disso permanecerá para sempre triste.

Escrito em 1951, dezasseis anos antes da sua morte, este livro de Carson McCullers foi considerado por Tennessee Williams uma das obras-primas em prosa da língua inglesa. 


A Balada do Café Triste (trad. José Guardado Moreira) e outras obras de Carson McCullers estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/produto/a-balada-do-cafe-triste/

Sobre Yaa Gyasi

 




A escritora Yaa Gyasi, que nasceu no Gana e cresceu nos Estados Unidos da América, respondeu às perguntas do The New York Times na secção By the Book. O seu novo romance, Transcendent Kingdom, será publicado em breve pela Relógio D’Água (em tradução de Helena Briga Nogueira).


«— O protagonista de Transcendent Kingdom é uma neurocientista que cresceu numa comunidade evangélica do Alabama. Que escritores são particularmente bons na tensão entre fé e ciência?

— Na verdade, não li muito sobre a tensão entre fé e ciência, e essa é uma das razões por que escrevi este romance.» [The New York Times, 20/8/20, texto disponível em https://www.nytimes.com/2020/08/20/books/review/yaa-gyasi-by-the-book-interview.html ]


Sobre E Tudo o Vento Levou, de Margaret Mitchell

 





E Tudo o Vento Levou tem como pano de fundo a Guerra Civil Americana, que opôs o Norte industrializado ao Sul das grandes propriedades de trabalho escravo negro.

A bela e caprichosa Scarlett O’Hara vive em Tara, no estado sulista da Geórgia, numa plantação de algodão. Estamos em 1861. Os seus amigos e, em geral, todos os jovens aguardam com entusiasmo a entrada na guerra, esperando uma vitória rápida. A exceção é o aventureiro Rhett Butler, que se sente atraído por Scarlett. Mas esta está apaixonada por Ashley Wilkes, que se prepara para casar com Melanie Hamilton. Depois da guerra, Scarlett procura reconstruir a propriedade familiar para onde regressa, recorrendo à obstinação, astúcia e mesmo a um casamento de conveniência.

E Tudo o Vento Levou foi escrito ao longo de dez anos por Margaret Mitchell, tendo conhecido edição em 1936 e acabando por ser a única obra da autora publicada em vida (a sua novela adolescente Lost Laysen teve edição póstuma). Venceu o National Book Award (1936), o Pulitzer no ano seguinte, foi traduzida em dezenas de línguas e vendeu milhões de exemplares.

O romance apresenta a visão do Sul derrotado, que tentou contrariar o sentido libertador da evolução, mas os seus dramas e paixões transcendem, como sempre sucede em literatura, as circunstâncias sociais da época.

Em 1939, Victor Fleming e Sam Wood realizaram um filme sobre o romance, sendo os papéis principais desempenhados por Vivien Leigh e Clark Gable.


“Ninguém que sente prazer com a arte da ficção pode ignorar E Tudo o Vento Levou. Um livro de qualidade invulgar, uma narrativa soberba.” [The New York Times]


“O melhor romance que alguma vez nos chegou do Sul.” [The Washington Post]


“Fascinante e inesquecível.” [Chicago Tribune]


Os dois volumes estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/margaret-mitchell/


Sobre A Gravidade e a Graça, de Simone Weil

 



«Não se trata aqui de filosofia, mas de vida», escreveu Gustave Thibon, em 1948, ao apresentar esta recolha de pensamentos retirados dos manuscritos que Simone Weil (1909–1943) lhe confiara.

Desde a sua aparição esta obra provocou um «efeito» que ainda hoje perdura. Para muitos dos seus leitores, faz parte dos encontros primordiais, é um dos raros livros que nos pode acompanhar ao longo da vida, na medida em que reflecte uma experiência interior de uma exigência e interioridade pouco comuns.


«Entre os grandes espíritos femininos de todo o mundo, o de Weil impressiona-nos por ser aquele que é mais evidentemente filosófico, aquele que está familiarizado com a “luz da montanha” (como diria Nietzsche) da abstracção especulativa.» [George Steiner em Simone Weil’s Philosophy of Culture, T. L. S., Junho de 1993.]


A Gravidade e a Graça (trad. Dóris Graça Dias) e O Enraizamento (trad. Júlia Ferreira e José Cláudio) estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/simone-weil/