28.7.20

Sobre O Ofício de Viver, de Cesare Pavese




«Ninguém se mata pelo amor de uma mulher. Matamo-nos porque um amor, não importa qual, nos revela a nós mesmos na nossa nudez, na nossa miséria, no nosso estado inerme, no nosso nada.» [Cesare Pavese]

«O diário de Pavese é ao mesmo tempo uma técnica poética e um modo de estar no mundo.» [Italo Calvino]

«O diário teve uma primeira publicação, póstuma, em 1952, mutilado de algumas partes, constituídas essencialmente por nomes de pessoas e por palavras, frases ou inteiros parágrafos de conteúdo demasiado íntimo e eventualmente chocante, em que o autor exprime em termos muito fortes, grosseiros ou mesmo obscenos, o seu profundo desespero e impotência perante os reveses da sua vida sentimental, perante a sua dificuldade de relacionamento com o sexo oposto. Todas as partes então censuradas estão incluídas na presente edição, constituída pelo texto integral, tal como Pavese o registou no seu diário.
Dado como encerrado pelo autor cerca de uma semana antes da morte, e por ele próprio assinalado pelos limites cronológicos 1935–1950, constitui, assim, a evidência da trágica decisão consciente e antecipadamente tomada (…)» [Da Introdução]

O diário de Pavese foi encontrado depois da morte do autor numa pasta verde, na qual estava escrito a lápis vermelho e azul: «Il Mestiere | di Vivere | di | Cesare Pavese».

O Ofício de Viver, de Cesare Pavese (trad. Alfredo Margarido e Margarida Periquito, está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-oficio-de-viver/

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