30.7.20

Sobre As Ilhas dos Pinheiros, de Marion Poschmann




Gilbert Silvester, professor associado e investigador no campo da pogonologia, no âmbito de um projeto universitário financiado com fundos externos, está em choque. Na noite passada sonhou que a sua mulher o anda a enganar. Num absurdo ato irrefletido, decide deixá-la, apanha o primeiro voo intercontinental disponível e viaja até ao Japão, para conseguir ganhar distanciamento. Aí chegado, toma contacto com as descrições das viagens do poeta clássico Bashō e passa então a ter um objetivo: à semelhança dos antigos monges itinerantes, também ele quer agora ver a Lua sobre as ilhas dos pinheiros. Ao empreender o percurso tradicional seguido nessas peregrinações, pensa distrair-se com a observação da natureza e assim resolver a agitação que internamente o perturba. Antes sequer de começar, depara-se com um estudante, Yosa, cuja leitura de viagem é The Complete Manual of Suicide

Um romance de magistral desenvoltura: profundo, repleto de humor, cativante, comovente. No Japão, terra do chá, misturam-se a luz e a sombra, o superego freudiano e os sombrios deuses do xintoísmo. E, uma vez mais, coloca-se a velha questão: não passará a vida, no fim de contas, de um sonho?

«Uma obra-prima.»   [Alexander Cammann, Die Zeit]

«Um romance de crepitante inteligência.» [Paul Jandl, Neue Zürcher Zeitung]

«Uma prosa abissalmente jovial, impecavelmente bela.» [Katharina Granzin, die tageszeitung]

As Ilhas dos Pinheiros (trad. Paulo Rêgo) está disponível em https://relogiodagua.pt/autor/marion-poschmann/

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