22.10.19

Sobre As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift




Lemuel Gulliver, cirurgião de um navio naufragado, acorda um dia em Lilliput, onde o tamanho minúsculo dos habitantes lhe faz parecer absurdos todos os seus interesses e disputas. Uma segunda viagem leva-o ao reino dos gigantes, onde desta vez o seu próprio tamanho lhe confere uma nova visão sobre o comportamento humano. Caindo na mão de piratas que o deixam à deriva, Gulliver visita depois uma série de ilhas onde o conhecimento falha o alvo e a imortalidade implica apenas sofrimento. A viagem final leva-o ao país dos Houyhnhnms, cavalos dotados de razão que partilham o seu domínio com os Yahoos. Quando regressa a Inglaterra, Gulliver é um homem mudado.

«Swift foi declarado louco em 1742, dezasseis anos após a publicação de As Viagens de Gulliver, mas o livro, escrito quando ainda possuía as suas faculdades, é perigosamente são e causa desconforto, precisamente por ser inspirado por uma enorme lucidez e uma grande racionalidade. […]
As Viagens de Gulliver são escritas para dissipar a nossa cegueira, para nos curar das nossas ironias inconscientes. Martin Price observa que “Gulliver é concebido como o herói de uma comédia de incompreensão”. Dado que cada um de nós vive, até certo ponto, a comédia da incompreensão, simpatizamos com Gulliver.» [Harold Bloom]


As Viagens de Gulliver (trad. Luzia Maria Martins) está disponível em https://relogiodagua.pt/autor/jonathan-swift/

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