3.9.19

Sobre O Custo de Vida, de Deborah Levy (trad. Frederico Pedreira)




Eduardo Pitta escreveu na Sábado «sobre O Custo de Vida, a segunda parte da autobiografia de Deborah Levy (n. 1959), escritora britânica nascida na África do Sul, país que abandonou aos 9 anos de idade, na companhia dos pais, activistas dos direitos humanos e membros do ANC empenhados na luta anti-Apartheid. Deborah vive na Inglaterra desde então. Sobre O Custo de Vida pode dizer-se que é uma autobiografia feminista, um manifesto cru da dificuldade de ser mulher num mundo dominado por homens: maior intolerância, mais competição e toda a sorte de preconceitos. Nos interstícios da prosa, ecos de Simone de Beauvoir. A primeira parte desta autobiografia está disponível no nosso país com o título Coisas Que não Quero Saber, editado também pela Relógio d'Água. Por volta dos 50 anos, Deborah divorcia-se e vai viver com as duas filhas para um bairro “proletário” do norte de Londres. O Custo de Vida é o relato, por vezes elíptico, dessa mudança: «Nesse mês de Novembro, mudei-me com as minhas filhas para um apartamento que ficava num sexto andar de um grande prédio de aspecto desmazelado [adequado] a esses tempos de desintegração e de rutura.» Sucedem-se as faltas de água e electricidade, Deborah não tem espaço para escrever, os livros continuam nas caixas, os corredores estão revestidos por plástico cinzento usado nas obras.» [Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura,  a propósito da crítica a O Custo de Vida publicada na revistaSábado de 29/8/2019]


Os dois primeiros volumes da autobiografia de Deborah Levy estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/deborah-levy/

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