«Irmã mais nova do clã Brontë, Anne é a autora de uma curta obra, uma colectânea de poemas e dois romances. A Relógio d’Água, que já publicou a sua poesia, lança agora a sua primeira narrativa, “Agnes Grey”, escrita na altura em que Charlotte redigia “O Professor” e Emily, “O Monte dos Vendavais”. Trata-se de uma história baseada na sua experiência profissional. Anne Brontë foi preceptora entre 1839 e 1845, anos que a marcaram profundamente e que lhe suscitaram uma pergunta: “Qual o lugar da mulher na sociedade vitoriana?” O romance, que não teve o sucesso do que publicaria depois, “The Tenant of Wildfell Hall”, é uma tentativa de resposta, ao mesmo tempo realista e crítica. “Todas as histórias verdadeiras possuem um ensinamento, embora nalgumas seja difícil de encontrar, e, quando se encontre, seja tão pequeno que, tal como acontece a uma noz seca e encarquilhada, mal nos compense do trabalho de lhe quebrar a casca”, lê-se no primeiro parágrafo. “Se tal sucede com a minha história, não me compete julgar. Penso, às vezes, que pode ser útil a alguns, e entreter outros.” [JL,28/8/2019]
4.9.19
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