«Pessoas Normais pode ser lido como um romance de formação, incluindo a formação de uma autora, Sally Rooney, que é apresentada e aplaudida como capaz de fazer o que tantos outros já tentaram com menos sucesso: retratar uma geração nova que talvez escape a muitos bons autores mais velhos por lhes ser estranha. Nesse sentido, Pessoas Normais é um auto-retrato ficcional por alguém capaz de se olhar com enorme sentido crítico e literário, sagaz; e enquanto fala de amor, põe em causa os defensores do Brexit, o capitalismo, olha os refugiados da Síria, denuncia abusos, é feminista e nunca é panfletária. É um livro cáustico e sábio. Faz auto-análise, é melodramático porque talvez não seja possível ser adolescente sem lágrimas. E duro, incómodo. (…) Com Skype, Facebook, WhatsApp, Instagram, em Pessoas Normais estamos no domínio do amor e dos seus equívocos, inseguranças, medos, tabus, mas com a vulnerabilidade talvez mais interdita. Afinal, tudo se passa num mundo povoado por pessoas reais.»
[Isabel Lucas, ípsilon, Público, 2019/08/16]
[Isabel Lucas, ípsilon, Público, 2019/08/16]
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