31.7.19

Sobre Mataram a Cotovia, de Harper Lee e Fred Fordham



«Enquanto género literário, o romance gráfico tem vindo a ganhar uma importância crescente nos últimos anos. Depois de uma vaga de autoficção que nos deu livros notáveis — de Fun Home, de Alison Bechdel (Contraponto), ao extraordinário Sabrina, de Nick Drnaso (Porto Editora) —, uma nova tendência é a adaptação de clássicos da literatura, não necessariamente para substituir a leitura dos textos originais, mas antes para lhes conferir, em paralelo, uma dimensão visual forte. É o que acontece com esta adaptação de Mataram a Cotovia, de Harper Lee, uma obra sobre a perda da inocência, narrada do ponto de vista de uma criança, no contexto da vida no sul dos EUA, na década de 30. […] Responsável pela adaptação, Fred Fordham visitou Monroeville, no Alabama (terra natal de Lee e inspiração para a ficcional Maycomb do livro), captando com perfeição a arquitetura, a sua memória e a sua espécie de aura sombria.» [José Mário Silva, E, Expresso, 20/7/19]

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