Em companhia dos irmãos, de amigos, e mais tarde com o marido Leonard, Virginia Woolf viajou da adolescência até quase ao fim da vida.
Conheceu Espanha, que veio a considerar um país magnífico, apesar do invariável céu azul. Passou por Lisboa e Porto. Visitou por diversas vezes a Grécia. Perdeu-se pelas ruelas de Constantinopla e sentiu-se fascinada pelas suas principais mesquitas. Em Itália, deu particular atenção a Veneza, Florença e Siena. Na Alemanha, o centro da sua atenção foi Bayreuth. Em meados dos anos 30, visitou a França e deslocou-se à Holanda.
Mas viajar nunca foi para ela uma descrição de lugares, referenciados com anotações brilhantes. Como escreveu Jorge Vaz de Carvalho, na Introdução: «Nunca abusa no gosto pelo detalhe pitoresco ou prelecção erudita. Percebemos como a escritora evita obsessivamente os estilos de guia turístico ou de reportagem, bem como o pretexto dos monumentos e das paisagens para a revelação confessional ou reflexões de natureza histórica ou política. Trata-se, nas suas próprias palavras, de mostrar “todos os traços da passagem de uma mente pelo mundo”.»
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