Esta é a lista não exaustiva dos títulos que a Relógio D’Água publicará nos próximos seis meses.
Janeiro
1. A Chama, de Leonard Cohen
Dois anos após a morte do músico canadiano, publica-se A Chama, que reúne os seus últimos poemas. O livro inclui também letras de canções, desenhos e versos dispersos em cadernos de apontamento e guardanapos de bares. O livro foi preparado para publicação pelo autor de “Suzanne”. A tradutora é a poeta Inês Dias.
2. Léxico Familiar, de Natalia Ginzburg
É um clássico da literatura italiana contemporânea. A narrativa acompanha a vida dos Levi, que viveram em Turim no período da ascensão do fascismo, da Segunda Guerra Mundial e do que se lhe seguiu.
3. No Verão, de Karl Ove Knausgård
Ninguém fala assim de “Aspersores”, “Castanhas”, “Calções”, “Gatos”, “Parques de campismo”, “Noite de verão”, “Tarde de verão”, “Inteligência”, “Espuma”, “Bétulas”, “Caracóis”, “Groselhas” e “Chuva de verão”.
4. Tchékhov na Vida, de Ígor Sukhikh
A biografia de Tchékhov através das suas cartas, diários, livros e conferências.
5. Na América, disse Jonathan, de Gonçalo M. Tavares
O autor de Aprender a Rezar na Era da Técnica viaja pelos EUA na companhia de Kafka. (Em O Desaparecido, Kafka viaja pela América na companhia da imaginação.)
6. O Susto, de Agustina Bessa-Luís
O prefácio de António M. Feijó mostra o modo como Agustina abriu um caminho próprio nas encruzilhadas literárias do seu tempo.
Fevereiro
1. História da Sexualidade IV, As Confissões da Carne, de Michel Foucault
O volume completa os três livros da História da Sexualidade. É uma obra redigida entre 1981 e 1982, que permaneceu inédita até há pouco. Os temas vão de “A formação de uma experiência nova” até “A libidinização do sexo”, passando pelo que é “Ser virgem”.
3. Tess dos D’Urbervilles, de Thomas Hardy
É um dos principais romances de Thomas Hardy. Pôs em causa as convenções sociais do seu tempo e chocou os leitores da sua época.
4. As Novas Rotas da Seda, de Peter Frankopan
O investigador de História Global da Universidade de Oxford retoma As Rotas da Seda, aprofundando algumas questões decisivas da economia, política e estratégia do nosso tempo.
5. Todos Nós Temos Medo do Vermelho, Amarelo e Azul, de Alexandre Andrade
São onze contos cujo fio condutor é a intensa perturbação que as personagens sentem perante certas cores.
6. O Abismo de Fogo: A Destruição de Lisboa, de Mark Molesky
O historiador norte-americano de Harvard escreveu a principal obra sobre o terramoto de Lisboa de 1755.
7. O Doente Inglês, de Michael Ondaatje
A obra foi considerada em 2018 o melhor Man Booker Prize de sempre.
Março
1. As Pessoas Felizes, de Agustina Bessa-Luís
O prefácio é de António Barreto e a obra mostra a lucidez com que a autora de Fanny Owen abordou famílias burguesas nortenhas antes e logo após Abril de 1974.
2. Fotomaton — Retratos de Salazar, Cunhal e Soares, de António Barreto
António Barreto viveu politicamente os tempos de Salazar, Cunhal e Soares. Reúne agora retratos desses três políticos determinantes no século xx português.
3. Pintado com o Pé, de Djaimilia Pereira de Almeida
A autora de Luanda, Lisboa, Paraíso persegue, nas suas crónicas, os fios da memória e as ligações afectivas e familiares como mais ninguém o faz. O livro é completado com dois ensaios, Amadores e Inseparabilidade.
4. Bom Entretenimento, de Byung-Chul Han
O filósofo germano-coreano aborda as paixões do Ocidente no seu variado sentido, sacrificial, amoroso, de inclinação ou mesmo simples hobby.
5. A Mulher de Trinta Anos, de Honoré de Balzac
É um dos episódios de A Comédia Humana de um dos três grandes romancistas franceses do século xix.
6. Vento, Areia e Amoras Bravas, de Agustina Bessa-Luís
É a continuação de Dentes de Rato, ou seja, de uma quase autobiografia da infância e adolescência da autora.
7. Sabes Que Queres Isto, de Kristen Roupenian
“Cat Person”, um dos contos do livro, foi em 2017 o mais lido, tanto online como em papel, da The New Yorker. Recebeu elogios do The Washington Post. Segundo a The Atlantic, o conto capta o medo de se ser uma jovem mulher a viver em 2017, o que, entre outras coisas, implica uma desesperante necessidade de ser boa e simpática a todo o custo. O livro será adaptado a série de televisão pela HBO.
8. Açores — O Canto das Ilhas, de Carlos Pessoa
Numa colecção de viagens publicada em Portugal, não podia faltar um volume sobre os Açores. É escrito por um jornalista que percorreu as suas ilhas em tempos e modos muito diversos.
Abril
1. Movimento das Ideias, de José Gil
Em breves ensaios, segue-se o deslizar de certas ideias — como a subjectividade populista ou o tempo da meditação Zazen — segundo linhas improváveis mas rigorosas. Acompanhando o movimento interno dos conceitos, o autor procura responder à pergunta: como se move o pensamento filosófico?
2. Normal People, de Sally Rooney
O romance é apontado pelo The Guardian como um futuro clássico. A autora, já considerada a voz de uma nova geração, mostra-se capaz de captar a linguagem do nosso tempo, descrevendo a relação de dois jovens irlandeses no liceu e na universidade. As suas ambições e decepções são descritas com inesquecível ternura. O livro obteve o prémio de livro do ano da Waterstones, foi finalista do Man Booker Prize e venceu recentemente o Costa Book Award 2018 na categoria de romance (Rooney foi a autora mais nova a vencer este prémio).
3. Kudos, de Rachel Cusk
É uma das autoras que, com Alice Munro, Margaret Atwood e Michael Ondaatje, colocou a literatura canadiana num lugar de destaque. Tal como em Trânsito, mostra-se capaz de romper com os moldes estabelecidos sem se perder em inovações estéreis.
4. Correspondências + Minhas Queridas, de Clarice Lispector
Nas suas cartas, a autora entreabre o seu “coração selvagem” aos leitores.
5. Provocações (antologia), de Camille Paglia
O feminismo heterodoxo e combativo de Paglia continua a chocar os que se encontram mergulhados na letargia do politicamente correcto. Mostra-se capaz de ter em conta os aspectos biológicos do ser humano, sem esquecer as dimensões sociais e culturais nem cair no conservadorismo.
6. O Estendal e Outros Contos, de Jaime Rocha
Uma antologia de contos do poeta e dramaturgo Jaime Rocha.
Maio
1. Três Conferências, de Maria Filomena Molder
2. Estados de Fuga, de Ana Teresa Pereira
Um livro de contos, alguns deles inicialmente publicados em inglês.
3. Álvaro Siza: Conversas com Estudantes de Arquitectura (org. Manuel Graça Dias)
Foi com conversas como estas que Siza Vieira ajudou a expandir a Escola de Arquitectura do Porto, iniciada por Fernando Távora.
4. A Balada do Medo, de Norberto Morais
O autor de O Pecado de Porto Negro retoma personagens que parecem saídas do que de melhor produziu a literatura latino-americano de Onetti a García Márquez.
5. Pensamentos, de Blaise Pascal (prefácio de T. S. Eliot)
6. Pensar sem Corrimão (antologia), de Hannah Arendt
Estes ensaios abordam temas que vão desde “Karl Marx e a Tradição do Pensamento Político Ocidental” até “Transições”, passando pelo totalitarismo e a violência na sociedade americana.
7. O Adolescente, de Fiodor Dostoievsky
Um dos romances essenciais do autor de Crime e Castigo.
8. A Casa e Party, de Agustina Bessa-Luís (prefácio de António Preto)
9. Superinteligência, de Nick Bostrom
O autor, investigador em Oxford, examina um problema essencial do nosso tempo, a possibilidade humana de controlar a superinteligência antes de ser demasiado tarde.
Junho
1. Os Superpoderes da Inteligência Artificial: China, Silicon Valley e a Nova Ordem Mundial, de Kai-Fu Lee
Muito da evolução próxima do planeta depende da corrida, neste momento em curso, sobre inteligência artificial entre a China e os EUA. O autor é da opinião que a China tem alguma vantagem, porque reúne dados, não respeita privacidades e compete mais rudemente.
2. Dá-me a Tua Mão, de Megan Abbott
3. O Hóspede de Job, de José Cardoso Pires
4. Memórias, Sonhos e Reflexões, de Carl Jung
5. Não Te Esqueças de Viver, de Pierre Hadot
6. À Beira do Mar de Junho, de João Miguel Fernandes Jorge
Um episódio luminoso na obra do autor.
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