Tchékhov disse um dia que «sete anos depois da sua morte — bom, sete anos e meio», já ninguém o leria.
Na realidade, as suas obras, tal como as de autores russos como Tolstói, Dostoiévski e Turguénev, continuam a ser lidas em todo o mundo. Além disso, Tchékhov é considerado uma das personalidades mais íntegras de toda a história da literatura.
Nesta obra, Ígor Sukhikh propõe uma montagem biográfica em que os documentos falam do autor de «O Beijo», «A Senhora do Cãozinho» e Três Irmãs. Cartas, fragmentos de textos literários e passagens das memórias dos seus amigos e familiares compõem um fresco de variadas opiniões e testemunhos, por vezes contraditórios e constantemente corrigidos pela palavra do próprio Tchékhov.
O início é a infância em Taganrog, em seguida a adolescente deslocação para Moscovo com uma bolsa de estudos e as primeiras colaborações com revistas satíricas, que lhe vão permitir ajudar os pais e os cinco irmãos.
Mesmo depois de se tornar médico, conhecido pela generosidade com que cuidava os camponeses, Tchékhov prosseguiu a carreira literária, obtendo o Prémio Púchkin, relacionando-se com escritores como Tolstói, Górki e Búnin, e vendo as suas peças serem representadas.
Pela mão de Ígor Sukhikh, ficamos a conhecer a vida quotidiana de Tchékhov, os seus métodos de trabalho, as fontes de inspiração e o seu relacionamento com os amigos, o erotismo, o amor, o dinheiro, a religião e a própria doença.
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