2.11.18

Sobre Um Bailarino na Batalha, de Hélia Correia




«Se, nos romances de Hélia Correia, desde A Casa Eterna (1991), prosseguido em Bastardia (2005) e plenamente realizado em Adoecer (2010), nos habituáramos a um léxico cruzado entre mítico-fantástico e as qualidades positivas e negativas do corpo, em Um Bailarino na Batalha, ora publicado, este complexo semântico de dupla vertente atinge a sua máxima expressão. Porém, neste novo romance, o corpo é, do ponto de vista ficcional, levado ao seu máximo limite representativo; melhor: não o corpo em si, mas a carne do corpo, uma carne desligada da mente (espírito, alma, racionalidade), abandonada a si própria manifestada por propriedades que dispensam a espiritualidade e a racionalidade ocidentais: os ossos, as veias, o sangue, o cérebro, os cotovelos, o olhar como sentido de orientação…» [Miguel Real, JL, 24/10/2018]

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