15.10.18

Sobre Três Mulheres com Máscara de Ferro, de Agustina Bessa-Luís




«Escrita em março de 1998, esta é uma curta peça teatral em que Agustina Bessa-Luís imagina o encontro, num jardim de estátuas, entre as protagonistas de livros escritos em diferentes fases da sua obra: Quina, a lavradeira de A Sibila (1954); Fanny Owen, a elegante senhora do romance epónimo (1979); e Ema, a “Bovarinha” de Vale Abarão (1991). à maneira do “drama estático” pessoano, as personagens descem do pedestal onde permaneciam imóveis, “na atitude das três Graças”, e limitam-se a dialogar animadamente, buscando compreender-se umas às outras, ora através das suas diferenças, ora do que as une e aproxima. Mais do que um exercício de síntese, Agustina oferece-nos um ponto focal, um local de convergência, onde é possível descarnar até ao limite o sentido de vidas femininas já previamente narradas, à procura de uma espécie de essência, materializada nas várias respostas a uma mesma pergunta: “O que é o principal?”» [José Mário Silva, Expresso, E, 13/10/18]

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