21.9.18

Apresentação de Caos e Ritmo de José Gil





A obra Caos e Ritmo de José Gil vai ser apresentada no Auditório do Museu da Farmácia, na Rua Marechal Saldanha, n.º 1, em Lisboa, no dia 26 de Setembro, quarta-feira, às 18.00h.



O que é pensar? O que é agir? O que é pensar e agir para criar? Em todos os casos, não basta evocar o “destino” ou o “inconsciente” para designar os factores que intervêm, é necessário descrever os mecanismos exactos e as forças que os movem. No tratamento psicanalítico de uma criança, no comportamento homicida de Macbeth, na criatividade “delirante” de Artaud, interferem forças poderosas que se afastam da racionalidade lógica e pragmática habitual. Descobrem-se os nexos claros da magia. Como é que estes processos irracionais podem culminar num objecto com sentido?
(…)
O que é o caos e o que é o ritmo? De Hesíodo a Paul Klee e à teoria física do caos, de Platão a Olivier Messiaen, colhem-se ideias que ajudam a compreender como as forças do caos podem passar para o outro lado, ritmando a ordem — ou podem falhar, fracassar e vir a destruir perversamente. O que se joga na construção do “eu” ilustra bem essa alternativa. Forças de vida ou de morte, que voltam para o caos. E hoje mesmo, perante a possibilidade real de uma catástrofe planetária, não é o caos destrutivo que nos ameaça?
Caos e Ritmo procura pensar o que nos acontece, ao nível mais concreto do inconsciente, do sensível e do corpo, bem como ao nível mais abstracto do pensamento e da visão. É um livro sobre a criação, sobre os seus poderes e os seus impasses.



A apresentação será feita por Eugénia Vilela, professora associada no Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (UP), doutorada em Filosofia pela UP, e coordenadora científica (IP|FCT) do Grupo de Investigação Estética, Política e Conhecimento do Instituto de Filosofia da UP.
Autora de conferências e textos no domínio da Filosofia Contemporânea e das Artes, Eugénia Vilela publicou vários textos em obras colectivas nacionais e internacionais, entre os quais os livros Do Corpo Equívoco (1998), Silêncios Tangíveis. Corpo, Resistência e Testemunho nos Espaços de Abandono Contemporâneos (2010).
O seu trabalho desenvolve-se no espaço de intersecção entre a Filosofia Política Contemporânea, a Estética e as Artes.

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