«Uma linguagem literária batizada à sombra de um nome tutelar é um jogo coerente para Gonçalo M. Tavares, autor de uma galáxia em perpétua expansão, a que se juntam estas Breves Notas Sobre Literatura-Bloom (Relógio d’Água, 96 págs., €14). Um exercício sobre um fazer da literatura, arrumado em entradas em que se fala da “adiposidade” desnecessária das frases, da “necessidade de um nível de crueldade médio numa frase literária”, de “toda a literatura-Bloom” ser “feita contra os dicionários”, ou do “Sacrilégio”, isto é, “a evidência de frases sucessivas. A beleza onde não existe a mancha. A mancha onde não existe a breve beleza. A frase que pareça terminar”. “A ética Bloom implica tanto o escritor como o leitor”, descreve Borja Bagunyà no posfácio. É “uma declaração de amor radical” que conjura resistência.» [Sílvia Souto Cunha, Visão, 23/7/18]
Sem comentários:
Enviar um comentário