«Publicada em 1926, esta novela pertence à categoria dos livros que conseguem fazer da brevidade uma virtude. Noutras mãos, a história de Myra Henshawe — uma mulher que prescinde da herança familiar para viver o amor da sua vida: exemplo de coragem extrema, embora incapaz de resistir à usura do tempo — poderia estender-se por centenas de páginas. Cather, ao invés, transforma-a num lapidar estudo sobre a falibilidade dos destinos humanos, narrado com austera contenção, em prosa límpida mas que convoca os materiais estritamente necessários. Bellie Birdseye, a narradora, trinta anos mais nova do que Myra, começa por evocar a época em que a conheceu, primeiro na sua terra natal, e depois em Nova Iorque, durante uma visita natalícia.» [José Mário Silva, Expresso, E, 2018]
De Willa Cather a Relógio D’Água publicou também Uma Mulher Perdida e Minha Ántonia.
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