22.6.18

Sobre O Manto, de Agustina Bessa-Luís




No âmbito da iniciativa Ano Agustina, mensalmente, ao longo de 2018, a Comunidade Cultura e Arte publicará uma crítica a um dos livros de Agustina Bessa-Luís, do catálogo reeditado pela Relógio D’Água.
No dia 27 de Maio foi publicado o texto de Tiago Vieira da Silva sobre «O Manto»:

«Na obra O Manto, de Agustina Bessa-Luís, o que lhe dá o título enovela as várias personagens do Porto de finais dos anos cinquenta do século XX, em simultâneo com a família de Job, entrecruzando-as e às suas experiências num ensaio visionário sobre a natureza humana – donde irrompem tanto as paixões como, também, a perversidade que já vários apontaram a Agustina, e que ela refuta, no entanto, sublinhando a diferença entre o saber-se o que é a perversidade, e sê-lo, de facto.
O urbano e o rural confluem na representação de uma sociedade e das referências provincianas nos seus costumes e hábitos, ilustrando um retrato social que nos é revelado nas intermitências do «desenho nítido das paisagens», como referiu Teixeira de Pascoaes na carta que enviou a Agustina a propósito de Mundo Fechado (1948), a primeira obra publicada pela autora – um desenho que ele louvou pela veemência com que o feriu «a figura esboçada do personagem principal». Em O Manto, contudo, não há apenas um personagem principal, mas vários, que Agustina mergulha na melancolia, na inquietude, na incerteza, processo do qual é extraída a força propulsora da história, ou, melhor dizendo, das várias histórias que se encadeiam na narrativa.» [Texto completo em: https://www.comunidadeculturaearte.com/ano-agustina-o-manto-ou-as-historias-que-ficam-por-contar/ ]

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