[Lou Andreas-Salomé com Rainer Maria Rilke e Spiridon Drojin na Rússia, 1900]
«No segundo dia, como o tempo estava magnífico, fomos à floresta com Drojin; em alguns locais o terreno é pantanoso, «непроходимые болота» (pântanos intransponíveis), com árvores gigantescas sobre as quais se abateu um furacão terrível no princípio do inverno. Ali perto, encontrámos numerosas bagas, orquídeas e клюква (arandos), que vi pela primeira vez na vida. Têm uma folhagem próxima da mirra. Ao fim da tarde estávamos nas margens do Volga, que neste local se assemelha à beira‑mar. Tudo parece tão agradável que apetece ficar aqui para sempre. Mas eu nunca poderia fazê‑lo sem sentir saudades do grande Volga, com as suas margens altas e as suas poderosas florestas e estepes.»
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