«A cidade, actual Istambul, tem sido fonte de constante fascínio por parte de poetas, artistas e intelectuais tout court. Poeta, romancista, escritor de viagens, libretista e crítico de arte, Gautier não foi o primeiro a deixar-se seduzir pela metrópole turca. Publicado em 1853, Constantinopla deveio um clássico da literatura de viagens. Financiado por Emile Girardin, proprietário do jornal La Presse, Gautier partiu em 1852 para a capital do Império Otomano. Ali permaneceu dois meses, na companhia da cantora Ernesta Grisi, e o resultado foi uma narrativa atenta, culta, extremamente detalhada, das gentes («rapazes de bigodes rebarbativos...», os «narizes martelados», o tom de pele «charuto de Havana»), do quotidiano, práticas religiosas e tradições, durante o curto reinado de Abdul Mejide, o sultão sobre quem Gautier tece considerações.» [Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura, a propósito de crítica publicada na revista Sábado, 3/5/18]
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