A propósito do seu livro de contos Pequenos Delírios Domésticos, saído na Relógio D’Água, Ana Margarida de Carvalho diz:
«De uma forma ou de outra, todos [os contos] se passam em contexto doméstico, digamos assim. Em todos eles há sempre uma casa, ou a memória de uma casa, ou o desejo de uma casa, ou a saudade dela… Casa mais no sentido de chão e menos no sentido de teto. Geralmente são casas tortuosas, labirínticas, sem nexo arquitetónico, pouco óbvias, até nada acolhedoras, onde nos podemos perder. Não só na geografia, mas também nas memórias, nos vislumbres ou no reflexo de um espelho. E podem, sim, não ser acolhedoras» nem benignas, mas todas as personagens sentem um inabalável desejo de voltar… Nem que demorem dez anos e só tenham um velho cão cego à sua espera…» [JL, 6/12/2017]
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