21.11.17

Sobre Maigret e o Seu Morto, de Georges Simenon




«Neste caso, um jogo de assassinos impiedosos, como entrevira desde a manhã em que um pobre desgraçado lhe telefonara em pânico pedindo ajuda: estava a ser perseguido, iam matá-lo. Assim foi. O cadáver foi abandonado na rua, esfaqueado e desfigurado. Maigret começa a desfiar o novelo, com aquela sensação de déjà vu que por vezes o tomava em sonhos, “e eram esses sonhos que desde criança melhor fixava. Via-se avançar através de um cenário quase sempre complicado e, de repente, experimentava a sensação de que já ali fora, de que fizera os mesmos gestos, pronunciara as mesmas palavras. Essa sensação dava-lhe uma espécie de vertigem, sobretudo no instante em que compreendia estar a viver horas que já vivera antes.”» [José Guardado Moreira, Expresso, E, 18/11/17]

De Georges Simenon, a Relógio D’Água publicou também O Quarto Azul e O Homem Que Via Passar os Comboios.

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