«Em "O
Aroma do Tempo – um ensaio filosófico sobre a Arte da Demora" são
desenvolvidas ideias sobre a decisiva influência da organização do trabalho no
comportamento do ser humano e na percepção do tempo.
A coacção, explícita em "Psicopolítica",
encontra-se implícita nesta obra. A regulamentação comportamental por forças
económicas tem o seu substrato em ideias religiosas. A coação existe sem o ser
humano ter disso consciência. A optimização de processos físicos e mentais,
abordada em "Psicopolítica", é desenvolvida nesta obra por diferentes
prismas.
O "idiota" de "Psicopolítica" é aquele
que se afasta para contemplar em "O Aroma do Tempo". Ele personifica
a solução, aquele que percebe que "o tempo perde o aroma quando se despoja
de qualquer estrutura de sentido, de profundidade, quando se atomiza ou aplana,
se enfraquece ou se abrevia.” O "idiota" é aquele que contempla. E
quem contempla dá coesão ao tempo e permite o resgate da narrativa como força
criadora.» [Mário Rufino, Diário Digital, 9-8-2016]
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