«Mateus é um jovem nascido no seio de
uma tragédia que, mais do que estar prestes a acontecer, paira como uma
atmosfera, um céu carregado de nuvens que formam uma ameaça permanente,
inescapável. “Este livro é uma aprendizagem para a tragédia”, resume o autor.
“A criança nasce dentro desta dinâmica de tragédia. Nasce para sobreviver, para
lutar contra o mar e morrer no mar.” A sua luta será contra o peso incalculável
da tradição familiar. Este não é apenas um dado cultural, etnográfico. Pelo
contrário, na escrita de Jaime Rocha, eleva-se a uma dimensão trágica. A força
do destino, o desafio a ordens que transcendem o plano terreno, fazem destas
personagens e dos seus percursos uma transposição do legado da tragédia grega.»
No ípsilon de 10 de Junho, Jaime
Rocha falou com Hugo Pinto Santos a propósito do seu último livro, Escola de
Náufragos.
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