20.6.16

Jaime Rocha em entrevista ao ípsilon





«Mateus é um jovem nascido no seio de uma tragédia que, mais do que estar prestes a acontecer, paira como uma atmosfera, um céu carregado de nuvens que formam uma ameaça permanente, inescapável. “Este livro é uma aprendizagem para a tragédia”, resume o autor. “A criança nasce dentro desta dinâmica de tragédia. Nasce para sobreviver, para lutar contra o mar e morrer no mar.” A sua luta será contra o peso incalculável da tradição familiar. Este não é apenas um dado cultural, etnográfico. Pelo contrário, na escrita de Jaime Rocha, eleva-se a uma dimensão trágica. A força do destino, o desafio a ordens que transcendem o plano terreno, fazem destas personagens e dos seus percursos uma transposição do legado da tragédia grega.»

 
No ípsilon de 10 de Junho, Jaime Rocha falou com Hugo Pinto Santos a propósito do seu último livro, Escola de Náufragos.

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