«Schelling, entre outros, atribui
à existência humana uma tristeza fundamental, inescapável. Mais
particularmente, esta tristeza oferece o fundamento sombrio sobre o qual
assentam a consciência e a cognição. Este fundamento sombrio deve, na verdade,
ser a base de toda a perceção, de todo o processo mental. O pensamento é
rigorosamente inseparável de uma “melancolia profunda e indestrutível”. A
cosmologia atual oferece uma analogia à crença de Schelling. Aquela do “ruído
de fundo”, dos comprimentos de onda cósmica, esquivos mas inescapáveis, que são
os vestígios do Big Bang, do surgimento do ser.»
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