No artigo «O
que aí vem», publicado no último número da revista E do Expresso
(12/9/15), o crítico José Mário Silva destaca, entre outras obras de não
ficção, a autobiografia de Oliver Sacks que a Relógio D’Água acaba de lançar.
«Em janeiro
deste ano, Oliver Sacks, cientista brilhante que explicou como poucos o
funcionamento do cérebro humano e os mecanismos da perceção, ficou a saber que
um melanoma no olho, aparentemente curado (à custa da sua visão
estereoscópica), deixara metástases no fígado, reduzindo-lhe a esperança de
vida a alguns meses. Por essa altura, já concluíra a sua autobiografia Em
Movimento – Uma Vida, publicada nos EUA em abril, na qual recapitula o seu
percurso, as aprendizagens, as experiências com drogas, os tempos de motoqueiro
e culturista, culminando na revelação, tardia mas comovente, da sua
homossexualidade. No final de agosto, morreu em casa, em Manhattan, aos 82
anos. Felizmente, os leitores portugueses não vão ter de esperar muito por este
livro que a crítica americana incensou, louvando-lhe a honestidade e o fulgor
da prosa.»
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