6.7.15

Sobre O Anjo Ancorado, de José Cardoso Pires




Pedro Mexia escreveu sobre O Anjo Ancorado, de José Cardoso Pires (prefácio de Mário de Carvalho), que a Relógio editou recentemente, a par de A Balada da Praia dos Cães (pref. António Lobo Antunes), O Delfim (pref. Gonçalo M. Tavares) e De Profundis, Valsa Lenta (pref. João Lobo Antunes).

 


«Além do mais, Guida e João estão fora do seu território, aquela comunidade vê-os como intrusos, inimigos de classe até, há uma desconfiança e um “medo que se fez hábito”. De modo que Peniche deixa de ser uma coordenada geográfica para se tornar uma sugestão carcerária. Cardoso Pires aglutina e depois quebra os acontecimentos, escassos, em fragmentos visuais e episódios simbólicos mas subtis, como uma aventura de caça submarina ou a venda de um passarinho. Cada curto capítulo sugere um clima, uma incapacidade. E a prosa, muito fluente porque muito burilada, é de um despojamento e de um rigor inatacáveis.» [Pedro Mexia, Expresso, E, 4-7-2015]

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