23.7.15

Sobre José Cardoso Pires




«A obra de José Cardoso Pires está de regresso. Para celebrar o acontecimento, Mário Santos traçou um itinerário da cidade a partir das referências que o autor semeou na sua obra. Um passeio por quatro livros, entre Alvalade e o Cais do Sodré.
(…)

E eis-nos chegados a “Entre Chiado-e-Cais-do-Sodré”, região demarcada, demarcadíssima, onde se cruzam e se sobrepõem tantas muitas andanças da biografia e da ficção do Escritor; terreiro das marialvices “freudulentas” do último Palma Bravo, o delfim da Casa da Lagoa, tão magnificamente contado pelo narrador-caçador Cardoso Pires. E este é outro dos grandes-romances-grandes do Escritor (com filme de Fernando Lopes que não o desmerece, não senhor!). Desço a Rua do Alecrim. Ao fundo, vejo sulcar o Tejo um automóvel “rápido como o pensamento” numa tarde de Abril. Leva um anjo ancorado no lugar do morto e dirige-se para a costa de Peniche. Há-de voltar depressa (e bem), que a viagem é curta. Que farei amanhã? “Não sei. E você?”» [Time Out, 22-7-2015, fotografia de Eduardo Gageiro]

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