11.6.15

Entrevista a Paolo Giordano sobre o seu novo livro




 

Paolo Giordano, autor de A Solidão dos Números Primos, falou com Catarina Homem Marques, da revista Sábado, a propósito de Negro e Prata, o seu último livro, recentemente publicado pela Relógio D’Água.


«Segundo o esquema dos quatro humores fixado por Cláudio Galeno, o narrador de Negro e Prata tem o organismo desequilibrado por um excesso de bílis negra. É melancólico, pessimista. Já Nora, pelas contas do marido, tem uma bílis de prata fundida, “o mais claro de todos os metais, o melhor de todos os condutores”. O problema é que os organismos são fechados e, por muito que se amem, vivem separados. Pior ainda quando o humor que os equilibrava, o da Senhora A., ama do filho e mãe honorária da família, está prestes a desaparecer.
Ao terceiro romance, o italiano Paolo Giordano encontra uma outra forma de confrontar a solidão também presente no bestseller A Solidão dos Números Primos. Doutorado em Física, aos 32 anos passou a viver da escrita e a aplicar o pensamento científico apenas às relações humanas.


Este livro é mais sobre as dificuldades de um casal ou sobre a morte?

Começou por ser uma reflexão sobre a morte, sobre se é possível prepararmo-nos para ela. A única personagem importante na primeira versão era a Senhora A. Depois percebi que estava igualmente interessado na forma como a sua vida e a morte serviam de espelho deste jovem casal a enfrentar os desafios diários de um casamento. Tive de voltar a escrever o livro quase do início.» [Sábado, 21-5-2015]

Sem comentários:

Enviar um comentário