«Deu a este livro 12 anos da sua vida. Confessou que se não
fosse o Man Booker Prize com que lhe foi retribuído o empenho teria sido
forçado a deixar a escrita e a empregar-se para pagar as contas. Neste romance
deixa o virtuosismo efabulatório que fez de O Livro dos Peixes de Gould
uma obra de fôlego genial, animada de um espírito aventureiro e poético apesar
de tudo se passar nas margens de uma sórdida distopia. Desta vez confia as suas
capacidades a um apuro realista para falar de milhares de prisioneiros de
guerra forçados ao trabalho escravo pelos japoneses nas selvas da Indochina
durante a Segunda Guerra Mundial. Há aí tanta coisa interessante para ler,
leiam que vos faz bem. Já este não faz bem nenhum, é demasiado bom, e duro como
muito poucos.» [Diogo Vaz Pinto, jornal i, Março de 2015]
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