«Como quase toda a gente sabe, Steiner,
para quem a literatura é parte de um todo mais vasto, criou um corpus de
eleição e não cessa de o dissecar. Borges e Nabokov são exemplos fétiche. Nunca
mais foram os mesmos desde que os lemos pelos seus olhos. Mas também Oscar
Wilde, considerado sob vários ângulos «uma das autênticas fontes do espírito moderno.» Por outro lado, o carácter multilingue das obras de Pound,
Beckett, etc., merece páginas decisivas, sendo curiosa a relação estabelecida
com o facto de Nabokov passar de uma língua a outra «como um turista milionário», circunstância que explicaria o tema do incesto. Ler
Steiner é ouvir o turbilhão de um pensamento ágil, articulado nas suas mais
subtis harmónicas. Sempre admirável.»
[Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura, a propósito de crítica a Extraterritorial,
de George Steiner, publicada na revista Sábado, 7-1-15]
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