Nesta colecção de ensaios, George Steiner relaciona a «revolução
da linguagem» com a experiência literária. De que modo o acto de ler e o modo
como respondemos aos nossos processos imaginativos se alteraram sob a pressão
das novas teorias gramaticais e linguísticas? É o espaço extraterritorial de
certos escritores — como Beckett, Borges e Nabokov — representativo de uma
alteração na relação entre o escritor e o seu discurso narrativo? Existirão
aspectos nos mais recentes desenvolvimentos das ciências da vida que
influenciem directamente a imagem que temos do homem como um “animal que fala”?
Do ponto de vista de Steiner, a inclusão de energias e formas
especulativas de ciência na actividade literária e na vida normal da imaginação
irá revitalizar as nossas vidas, as crenças que possuímos e as expectativas que
poderemos ter sobre a sobrevivência de uma cultura ameaçada de esclerose.
Sem comentários:
Enviar um comentário