«Todas as fotografias vão dar ao rio. Douro – Rio, Gente e
Vinho é a edição revista e (muito) aumentada de um trabalho de António
Barreto publicado nos anos 90», assim começa Francisca Cunha Rêgo a entrevista
a António Barreto no Jornal de Letras de 1 de Outubro.
«– Este livro mudou tanto quanto o Douro?
– Talvez o Douro tenha mudado mais. A estrutura do livro é a mesma. Nos
primeiros capítulos fiz muito poucas alterações, acrescentei uma ou outra nota
de pé de página. Foi sobretudo no posfácio e na Galáxia, capítulo sobre as
empresas do Douro, que introduzi as maiores alterações. E há um capítulo novo: Vinte anos depois. O
Douro viveu uma enorme revolução. Durante 300 anos a região produziu o
mundialmente famoso vinho do Porto. Como produto, este é certamente o mais interessante
e conhecido contributo português para a história da humanidade. Nos últimos 30
anos deixou de haver a “unicidade” e o “imperialismo” do vinho do Porto.
Nasceram dezenas de géneros, com produtores novos a fazerem vinhos tão bons
como os melhores do mundo, com mercado internacional em países como Inglaterra,
França, Suíça, Holanda. São os vinhos DOC do Douro. Por exemplo, a Quinta do
Crasto, Quinta da Casa Amarela, Quinta do Valado, etc. São fabulosos e vieram
alterar tudo.»
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