4.6.14

Sobre Contos e Diários, de Isaac Bábel






«Contos e Diários, de Isaac Bábel (1894-1940), desta vez traduzidos por Nina Guerra e Filipe Guerra, repõe na íntegra vários textos “anteriormente amputados”. Feita a partir do russo, a tradução apoia-se na mais recente edição (2012) das obras do autor. (…) A prosa de Bábel desvia-se do cânone do realismo socialista, e é sobretudo nos diários que a linha de fractura se torna nítida. Antes de ser preso e torturado pelo KGB, a progressiva marginalização levou-o a afirmar, num congresso de escritores, que estava a tornar-se”mestre de um novo género literário, o do silêncio”. Em pouco tempo, a obra seria sucessivamente proibida, confiscada e, parte dela, destruída. A tímida reabilitação chegaria só no fim dos anos 1950. Publicou a Relógio D’Água.»

[Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura, a propósito de crítica na revista Sábado de 29 de Maio]

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