«Contos e
Diários, de Isaac Bábel (1894-1940), desta vez traduzidos por Nina Guerra e
Filipe Guerra, repõe na íntegra vários textos “anteriormente amputados”. Feita
a partir do russo, a tradução apoia-se na mais recente edição (2012) das obras
do autor. (…) A prosa de Bábel desvia-se do cânone do realismo socialista, e é
sobretudo nos diários que a linha de fractura se torna nítida. Antes de ser
preso e torturado pelo KGB, a progressiva marginalização levou-o a afirmar, num
congresso de escritores, que estava a tornar-se”mestre de um novo género literário,
o do silêncio”. Em pouco tempo, a obra seria sucessivamente proibida,
confiscada e, parte dela, destruída. A tímida reabilitação chegaria só no fim
dos anos 1950. Publicou a Relógio D’Água.»
[Eduardo
Pitta, no blogue Da Literatura, a propósito de crítica na revista Sábado
de 29 de Maio]
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