«Ferrante disse que gosta de escrever
histórias “em que a escrita é clara, honesta, e em que os factos — os factos da
vida normal — prendem extraordinariamente o leitor”. Com efeito, a sua prosa
possui uma clareza despojada, e é muitas vezes aforística e contida (…). Mas o
que os seus primeiros romances têm de electrizante é que, ao acompanhar
complacentemente as situações desesperadas das suas personagens, a própria
escrita de Ferrante não conhece limites, está ansiosa por levar cada pensamento
para diante, até à sua mais radical conclusão, e para trás, até à sua mais radical
origem. Isto é sobretudo óbvio na forma destemida como os seus narradores
femininos pensam sobre filhos e sobre maternidade.» [Do Prefácio de James Wood]
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